Profissão perfumista: entenda tudo sobre a arte e o trabalho de criar perfumes

 

 

Profissão perfumista: quais as áreas de atuação? Quais cursos fazer? Como é o mercado? Confira essas e outras dúvidas sendo respondidas neste post.

“Eu quero ser perfumista quando crescer!” Definitivamente, essa não é uma resposta que ouvimos das crianças quando são questionadas sobre a profissão que desejam seguir, não é mesmo?!

Mesmo sendo rara e incomum, a arte da perfumaria e a profissão perfumista existem há milênios e possuem segmentos e especialidades diferentes.

O que faz um perfumista?

Perfumista é quem cria perfumes. É o profissional responsável por combinar diferentes ingredientes, como as essências naturais, para criar perfumes.

Áreas da perfumaria

Assim como outras profissões possuem diferentes áreas de especialização, como a medicina e a engenharia que têm diversos segmentos, alguém que escolhe a profissão perfumista também precisa seguir áreas específicas. 

Estas são alguns dos segmentos da perfumaria:

  • Perfumaria convencional (que utiliza a maioria de ingredientes sintéticos);
  • Perfumaria natural;
  • Perfumaria de uso pessoal para a indústria cosmética;
  • Perfumes de ambiente;
  • Marketing olfativo.

Um perfumista pode atuar em mais de uma área, mas é necessário estudar profundamente cada uma delas.

 

Qual curso fazer para ser perfumista?

Para ser perfumista é necessário fazer um curso de formação, uma especialização ou curso particular com perfumistas profissionais. 

Cursos livres que acontecem em um curto período não formam perfumistas profissionais. São cursos que ajudam a iniciar na perfumaria, atualizar conhecimentos ou conhecer novas áreas da perfumaria, mas isolados não são suficientes para formar um profissional completo.

Muitas pessoas acreditam que para ser um perfumista é necessário fazer a graduação em farmácia ou química. De fato, alguns conhecimentos de farmácia e química contribuem para a criação de perfumes, mas não são suficientes. É necessário fazer um curso especializante para conhecer técnicas específicas de composição de perfumes, do processo criativo, entre outros estudos que um perfumista profissional deve aprender.

 

No caso da perfumaria natural, por ser um conhecimento milenar e tradicional, é transferido de mestre ou professor para aluno, perpetuando e conservando esse raro e precioso saber em sua essência e raízes.


Quais as características que um perfumista profissional precisa ter?

Um perfumista profissional precisa desenvolver características como:

 

  • Ser curioso;
  • Gostar de estudar e sempre se atualizar;
  • Comprometimento;
  • Visão crítica;
  • Olfato aguçado;
  • Criatividade.

 

Não é necessário nascer com essas características, mas é imprescindível buscar desenvolvê-las. É por isso que em todos os cursos da Angélica Flores Natural Perfumary é ensinado sobre o processo criativo da criação de perfumes e os alunos recebem várias amostras de ingredientes raros para treinar o olfato.

No caso da perfumaria natural, além de precisar ter as características citadas anteriormente, os aprendizes precisam gostar de estudar e conhecer as matérias-primas naturais, que muitas vezes são raras e luxuosas.

 

Quanto ganha um perfumista?

Não existe uma média salarial de perfumista que seja compatível com a realidade do mercado de trabalho, pois é uma profissão que varia muito de faturamento e forma de trabalho.

Um perfumista pode trabalhar como funcionário de uma indústria de cosméticos, ateliês de perfumaria, entre outras empresas, mas há uma grande parcela dos perfumistas que decidem empreender e criam sua própria marca. Por isso, a remuneração anual de um profissional da perfumaria pode variar de mil a milhões de reais, depende muito da área de atuação que o profissional segue e do modelo de negócios. 

 

História da profissão perfumista

A perfumaria é uma arte milenar. Portanto, é praticamente impossível saber a data que foi criada ou descoberta. Então, a história da profissão perfumista que conhecemos é baseada nos primeiros registros que temos.

Os primeiros “perfumistas”, que não eram chamados dessa maneira, nasceram nas civilizações antigas na figura dos sacerdotes que eram responsáveis por preparar diversas composições perfumadas.

Com o passar dos anos, a história da profissão teve continuidade com os alquimistas árabes e persas que, em busca da pedra filosofal, criaram o alambique, instrumento para destilar o álcool e extrair algumas essências naturais que eram destinados à perfumaria.

Na Idade Média, um médico-alquimista chamado Al-Kindi (falecido no ano de 873) começou a fabricar essências de rosa através desses alambiques. Nos anos posteriores, um médico cirurgião de Córdoba chamado Abulcasis (936-1031) aperfeiçoou o alambique e passou a destilar a água de rosas.

A partir do século XII, os ocidentais desenvolveram e aprimoraram a técnica de destilação de álcool, porém o álcool obtido é destinado aos médicos e aos apotecários, que são os ancestrais do farmacêutico moderno.Antigamente, a função de criar perfumes também era atribuída a esses apotecários, uma vez que os perfumes também tinham efeitos medicinais.

No século XVII, os apotecários fabricavam perfumes com ingredientes de diversas origens. Esses perfumes eram vendidos pelos mercadores na França, mas seus criadores não eram chamados ainda de perfumistas.

Em 1.612, a L’Officina profumo-farmaceutica di Santa Maria Novella, uma das farmácias-perfumarias mais antigas do mundo, abriu as suas portas e iniciou justamente no formato de um apotecário.

 

L’Officina profumo-farmaceutica di Santa Maria Novella.

Somente em 1.614, sob o reinado de Louis XIII, que os então gantiers-apothicaires (apotecários) puderam se nomear como parfumeur. Com o passar do tempo, a função de gantier-parfumeur começou a ganhar espaço e, aos poucos, a função de criar perfumes deixou de ser atribuída aos antigos farmacêuticos.

Em 1.810, Napoleão, decretou a separação da farmácia e da perfumaria, com o intuito de proteger os consumidores de remédio. Com isso, medicamentos como a água de colônia não deveriam mais ser etiquetados como medicamento, mas como “águas de cheiro”, e suas vendas eram confiadas aos gantiers-parfumeurs. E assim a Água de Colônia passa a ser definitivamente um produto da perfumaria.

A divisão da farmácia e da perfumaria impacta principalmente os farmacêuticos e químicos até os dias atuais, mas deu muito mais abertura aos perfumistas para se expressarem artisticamente. Os conhecimentos de química podem ser úteis para um perfumista, porém o que realmente importa é ter o que chamamos de um “bon nez”, traduzindo: “um bom nariz”, criatividade, técnica, conhecimento cultural e profundidade sobre a vasta paleta de matérias-primas, pois são centenas delas que um perfumista deve conhecer.*

* Este texto é uma exclusividade da Angélica Flores Natural Perfumery, sendo proibida a sua reprodução sem prévia autorização. 

 

 

 

 

 

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